E aquele cálice eternizava a pureza.
O cálice cravejado de pedras preciosas.
Pedras que associavam o humano ao sobrenatural.
Símbolo de uma paz prometida na ausência de palavras.
O sobrenatural pela quantidade surreal e invejosa de amor.
Era fato que seu coração não vivia só.
Habitei-o por algum tempo, mesmo que por breves segundos.
Você é o Meu Cálice.
Onde fui capaz de depositar tudo o que de bom senti.
Era puro, pois recebeu meu amor e o acolheu.
Entendo que amores vêm e vão,
Mas não aceito que qualquer um deles seja esquecido.
Permita-me ser o vinho de sua taça,
Uma vez mais.
Lembre-se: É no momento que eu menos mereço ser amado, quando eu mais preciso.
E não julgarei seu amor por etapas,
O juiz de nossas vidas é um senhor idoso,
De barbas e cabelos prateados.
Costuma trabalhar lentamente,
Mas sempre acerta em seu veredicto.
Este senhor pode vir a tornar-me o impetuoso liquido quente contido em sua taça,
Atende pelo nome de Tempo.
O Juiz da Vida!
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