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17.11.09

O Juiz da Vida

E aquele cálice eternizava a pureza.

O cálice cravejado de pedras preciosas.

Pedras que associavam o humano ao sobrenatural.

Símbolo de uma paz prometida na ausência de palavras.

O sobrenatural pela quantidade surreal e invejosa de amor.

Era fato que seu coração não vivia só.

Habitei-o por algum tempo, mesmo que por breves segundos.

Você é o Meu Cálice.

Onde fui capaz de depositar tudo o que de bom senti.

Era puro, pois recebeu meu amor e o acolheu.

Entendo que amores vêm e vão,

Mas não aceito que qualquer um deles seja esquecido.

Permita-me ser o vinho de sua taça,

Uma vez mais.

Lembre-se: É no momento que eu menos mereço ser amado, quando eu mais preciso.

E não julgarei seu amor por etapas,

O juiz de nossas vidas é um senhor idoso,

De barbas e cabelos prateados.

Costuma trabalhar lentamente,

Mas sempre acerta em seu veredicto.

Este senhor pode vir a tornar-me o impetuoso liquido quente contido em sua taça,

Atende pelo nome de Tempo.

O Juiz da Vida!

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