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17.11.09

Só Depende de Você

Use sua Franqueza!

Seja ríspido,
Seja sincero,
Mas seja algo!

Anule-se.
E chocarás o mundo...
As pessoas ao seu redor,
Amigos,
Família e todos os outros,
Reparam em atitudes não realizadas.

Cresça.
Para você,
Não para seu vizinho.
A sua dor não me importa,
O que importa é como poderei ajudá-lo.

Imponha-se.
Não é chorando,
Martirizando e Clamando,
Que seu mundo mudará...
Nada pára por sua causa.

Cuide-se.
A vida é tão longa quando poderia ser,
E você é tão consciente quanto eu.
Tenha em mente que sentir,
É apenas um terço do que você tem a fazer neste mundo.

Encontre-se.
As coisas perdidas em imensos oceanos,
Dependem de séculos para serem encontradas.
Se você não sabe definir-se,
Será que eu farei de forma justa?

Ame!
Não há como manter-se duro a vida inteira.
É amando que o mundo gira!
É amando que você respira!
Com o amor você se torna humano!

Valha-se de que a sua capacidade de superar, é maior do que a necessidade de Sofrer!

Escolha o lado da moeda e a atire para o alto; sugiro que a deixe a moeda para trás... E siga sem depender do que ela te indicou.

Quem escolhe nosso caminho, somos nós mesmos.

O Juiz da Vida

E aquele cálice eternizava a pureza.

O cálice cravejado de pedras preciosas.

Pedras que associavam o humano ao sobrenatural.

Símbolo de uma paz prometida na ausência de palavras.

O sobrenatural pela quantidade surreal e invejosa de amor.

Era fato que seu coração não vivia só.

Habitei-o por algum tempo, mesmo que por breves segundos.

Você é o Meu Cálice.

Onde fui capaz de depositar tudo o que de bom senti.

Era puro, pois recebeu meu amor e o acolheu.

Entendo que amores vêm e vão,

Mas não aceito que qualquer um deles seja esquecido.

Permita-me ser o vinho de sua taça,

Uma vez mais.

Lembre-se: É no momento que eu menos mereço ser amado, quando eu mais preciso.

E não julgarei seu amor por etapas,

O juiz de nossas vidas é um senhor idoso,

De barbas e cabelos prateados.

Costuma trabalhar lentamente,

Mas sempre acerta em seu veredicto.

Este senhor pode vir a tornar-me o impetuoso liquido quente contido em sua taça,

Atende pelo nome de Tempo.

O Juiz da Vida!

15.9.09

Promessas

Prometemos tantas coisas durante nossas vidas,
Que fica difícil calcularmos quantas vezes descumprimos.

A ligação que prometemos fazer,
E no fim,
Acabamos por deixar de lado.

O grupo de estudos que muito nos fascinaria,
A certa altura,
Torna-se perda de tempo.

O cinema que faria nosso fim de semana perfeito,
Como sempre,
Acaba por ser deixado no segundo ou terceiro plano.

O programa de tv esperadíssimo,
É trocado,
Por qualquer outra coisa que nos divirta.

Aquele amor intenso e cheio de esperanças,
Acaba,
Deixando alguém muito magoado...

A verdade é que somos incapazes de cumprimos todas as promessas;
Não porque somos desleais ou insinceros,
Somos seres humanos...

Nossas vidas podem ser comparadas a enormes rodas gigantes;
Em certos momentos,
Apreciamos uma bela paisagem,
Sem fim,
Sem tamanho...

E muitas das vezes,
Nos vimos de cara com o chão,
Com a realidade,
Com o dia-a-dia...

Seja você quem for,
Um estudante,
Um trabalhador,
Um Faz-Nada,
O que você é,
Depende somente de você!

A Lei da Vida implica que,
Cada um Viva o Hoje;
Tome o passado como Experiência,
Mas,
Jamais,
Esqueça que o amanhã é tão incerto quanto o sol que poderá nascer...

Promessas descumpridas fazem parte do grande círculo da Vida;
Você não é pior que ninguém;
Você é O Cara.

17.6.09

Dia dos Namorados

Oba!
Chegou o dia!
É dia dos namorados!
Os motéis lotam;
As floriculturas faturam;
As pessoas se amam;
Dia do casal!
Do amor;
Das conquistas!
Vivemos o prazer dos momentos de carinho;
Vimos o relacionamento ganhar mais um dia de vida.
Seguimos,
Como anjos felizes,
Rumo aos céus;
O limite é o Universo dos Amantes.
Onde as ruas sçao largas de botões de rosa;
Os prédios de cetim vermelho complementam a decoração;
As árvores cientes do amor universal,
Distribuem seus frutos adocicados...
O Amor está no ar!
É Dia dos Namorados!

Pensamentos Negativos

E o marasmo torna-se cada vez mais intenso.
As cortinas de uma chuva melancólica varrem mansamente o chão frio lá fora.
Os pensamentos tornam-se turvos,
Pois misturam-se a lembranças e fatos.
Estar cansado aumenta a vontade de querer fugir,
Querer correr,
Desaparecer.
Sentimentos ruins criam uma nuvem negra sobre o que foi proposto.
Já não vejo a alegria de ontém.
Já não tenho a energia do passado.
Errar é bom,
Pois crescemos.
Porém,
É o tempo perdido que frustra.
Há apenas dúvidas,
Insatisfações e perdas.
E,
Francamente,
Não há forças para mudar...

27.5.09

O Cálice do Amor

Eu só queria poder tocar você, uma vez mais!
Ter a possibilidade de envolvê-la em meus braços,
Como uma manta quente cobre um bebê desprotegido.

Olhar dentro de seus olhos mais uma vez,
Enquanto invisto em seu sexo,
Como um inocente invade certo local,
Mal sabendo do que se trata.

Desejo ter mais uma vez o seu sabor em meus lábios,
Deliciar-me te dando um prazer sobrecomum;
Quero sentir toda a sua essência feminina brotar e satisfazer meu prazer!

Onde estão aquelas mãos automaticamente potentes?
Aqueles dedos que percorrem meu corpo,
Finalizando seu passeio em meu sexo,
Em minha virilidade,
Meu prazer?

E sua voz,
Nem grave,
Nem aguda,
Apenas melodiosa,
E quando proferia aquelas lindas canções,
Onde sua voz apenas demonstrava o prazer absoluto que eu lhe proporcionava...

Só mais uma vez.
É tudo o que preciso para conseguir dormir em paz.
Preciso sentir você,
Por dentro,
Por fora;
Você inteira...

Apenas o prazer será testemunha deste ato.
Penetrar você,
Com meu sexo rígido,
Ereto,
Viril,
Único...

E aproveitarmos cada centímetro do corpo alheio...
Quero burlar seu corpo inteiro,
Afogá-la em elixir da vida!

Quero submeter-la ao Prazer dos Deus.

Ao Amor Cego...

A provisão de uma Nova Vida;
E você,
O Cálice;

O Cálice do Amor.

Pluralidade do Amor

Gostoso o tempero do Amor!
Ora ácido,
Ora amargo.
Sabor de coisa antiga,
Mas que renova a cada nova sensação de ciúme.
Irritantemente doce,
Quando falamos do Amor recíproco.
Audaciosamente astuto,
Em se tratando de Amor consciente.
Incomparavelmente simples,
Porque ninguém estuda o que é amor para aprender a amar!
Ligeiramente difícil,
Até porque vemos todos os dias pessoas que sofrem pelo bendito amor.
Intrigantemente cego,
Não há beleza ou feiúra,
Há apenas o amor.
É sereno;
É pacato;
É sigiloso...
E é controverso.
Amor é abdicar e entregar.
É sussurrar gritando e gemer silenciosamente.
Amar é não só viver pelo outro, mas pelos dois.
Amar é mais que abdicar de nossas vidas por alguém...
Mas fazer com que os mundos se fundam e com isso,
Nos amemos ao infinito!
Amar é ser muito mais você, primeiramente.
E então, ser o outro...
Aí sim...
Existem os dois.

29.4.09

Sofrimentos & Vazios

Já estou, de fato, cansado de escrever sempre com a mesmo essência, com o mesmo teor...
Eu vivo dizendo que somos seres humanos e blá, blá, blá... Mas, e o que isso nos importa? Todos já sabemos que somos humanos, temos sentimentos, pensamentos, emoções, atitudes... Nossa, somos normais! Bizarro seríamos se não demonstrássemos a capacidade de sentir ou sermos sentidos!
Há algum tempo atrás, escrevi um texto chamado ‘Não Bata no Vidro’ que foi sucesso em todos os lugares que postei; as pessoas me elogiaram pela visão tão singular, mas ao mesmo tempo tão modesta do que é tão simples; do que está no nosso dia-a-dia!
‘Não bata no vidro’ foi uma forma de exaurir de mim qualquer tipo de angustia momentânea, que, normalmente, me acomete. Angustias diárias, únicas e sem qualquer relação com outros, somente comigo... Basicamente, bipolaridade reduzida... Não fico agressivo, mas entristeço com uma facilidade gigantesca e isso me causa um tipo de incomodo incomum.
Mas, não era sobre isso que eu gostaria de falar, mas, sobre as ‘Sofrimentos e vazios’, conhecidas como dependência e ilusão... Ou qualquer sinônimo que você possa encaixar a estas!
Nota: Este texto só está sendo escrito as 01:00 do dia 30 de abril de 2009, porque acreditei estar inspirado para tanto, por isso, se achar ruim, pare de ler! (risos)
Notamos, diariamente, que sempre há alguém sofrendo: seja por amor, ou ódio, ou dinheiro, ou por morte... Mas sempre há. O sofrimento ele é tão presente quando o oxigênio, e basicamente impossível de se acabar.
Sofremos porque nosso dente dói, porque o nosso cachorro morreu, porque nosso chefe nos chamou a atenção, ou, simplesmente porque fomos abandonados... E todos estes sofrimentos são tão válidos e reais, que nem damos valor a eles, da forma que mereciam.
O Sofrimento é, de fato, ligadíssimo as perdas. Andam juntos, da mesma forma que o amor dá as mãos ao ódio. Somos capazes de amar e sofrer, mas nunca seremos capazes de sofrer por alguém que odiamos – e ódio é tão poderoso quanto uma Glock33, apontada na sua cabeça -, isso porque somos egoístas, independente de nosso caráter, condição financeira ou sexual... Egoísmo vem no pacote do Ser Humano.
Quando me refiro Vazio, digo isto porque, de certa forma é o avesso do Sofrimento, mas tão doloroso quanto.
Entendo que: Sofrimento precisa de algo a ser remoído e mexido; Vazio não precisa de nada, e é o mesmo nada que nos causa pânico de quando em vez... Sofremos por opção; O Vazio chega quando não se tem sentimentos, e é o pior lado dos dois.
Existem momentos em que não estamos apaixonados por ninguém, nem de olho em ninguém, nem namorando ninguém, e, muito menos, estamos querendo que isso aconteça! Esse é o nosso momento vazio; momento particular e singular... Mas, egoísta. Não queremos abrir espaço para que alguém entre, porque temos medo de criar sentimentos e com ele... Gerar o tão famoso: Sofrimento...
Claro que, quanto mais nos forçamos em não amar ou não apaixonar, o destino é cruel... Põe em nossos caminhos pessoas que temos a certeza, nos arrependeremos se não conhecermos e isso faz com que abramos a pequena brecha do ‘desejo’... Este, por sua vez, chega avassalador, cru, nu, selvagem... E é a partir dele que tudo acontece...
Atração, desejo, paixão e amor... É uma seqüência macabra aos que se proíbem estar com alguém... Sabem que é com estes sentimentos que brotam o tão recusado Sofrimento...
Recusado porque não existe quem goste de sofrer... Até a mulher do bandido, que apanha todos os dias... Ela não gosta de sofrer, ela só é apaixonada, ela ama! Infelizmente, existem várias formas de amor... E o dela inclui apanhar, ser traída... Ela aceita; ela se permite!
Permissões iniciam-se conosco, dentro da gente, com o que acreditamos! Primeiro devemos deixar claro para nós o que é o Certo e o que é o Errado, depois propagamos e anunciamos o que é bom e o que é ruim; Se aceitamos ou não sofrer, é uma escolha que fazemos ou uma condição que nos impomos isso, só cabe a cada um de nós decidirmos.
Concluo, reafirmando o que já disse anteriormente... Vazio é escolha; Sofrimento é inevitável.

17.4.09

Purgatório Sentimental

A estrada estava escura e deserta;
Grandes olhos amendoados me seguiam;
Havia li a ausência de vida.

Eu aguardo que alguém apareça;
Que traga o pacote da Felicidade;
Que ilumine aquele lugar do breu.

Sussurros baixos tornam-se gritos atordoados;
Vozes desesperadas suplicam por salvação;
Não consigo entender o que estou fazendo aqui.

Uma pequena luz surge ao horizonte;
Brilhando e ofuscando as trevas eternas deste lugar;
E não há salvação para os que imploram.

Quando aquele ser de luz passa por mim;
Percebe tudo o que está havendo;
Entendo onde estou.

Muitos corações são enviados para a Floresta da Ilusão;
Todos os dias;
Implorando ajuda.

Com o coração sangrando;
A verdade me causa náusea;
Eu sou um deles.

Estou aqui para implorar a salvação;
Pelas mãos dos seres de luz.
Ali a diante.

Eles representam o sucesso;
O amor;
A segurança.

E nós,
Seres obscuros;
Queremos sugar as auras iluminadas.

Iludidos e incapacitados;
Exilados e amordaçados;
E o pior: Por atitudes próprias.

Escolhemos sofrer por amores não correspondidos;
Optamos por deixar nossas auras escurecerem;
Deixamos de acreditar nas pessoas.

Abdicamos de dias felizes;
Nos exaurimos de momentos familiares;
Ficamos indiferentes aos nossos amigos.

Zumbis;
Nos tornamos zumbis.
Calculistas.

Usamos a razão;
Abandonamos os sentimentos de virtudes;
Discrentes.

Criamos um caos psicológico;
Em nossos próprios corações...
Insensíveis.

Mas,
Sempre há salvação!
Sempre há saídas!

Calculistas,
Discrentes e Insensíveis...
Mas ainda seres humanos!

Estamos dispostos a mudar;
Queremos evoluir;
Buscamos a felicidade, mesmo que gritando por socorro em um abismo.

E a luz está disposta a invadir a escuridão;
A livrar os iludidos;
A trazer para a vida um grande amor.

Será assim enquanto houver sentimentos;
Muitos ainda poderão pegar em mãos ternas e tomar impulso;
Para o ar puro!

Temos escolhas:
Podemos nos deixar invadir pela escuridão eterna e nos cegar quando chegar a Luz;
Ou, podemos criar os momentos precisos e perfeitos para a nossa fuga desse lugar sombrio!

Não há Felicidade,
Se não há Busca;
Se não há Prazer!

Vivemos neste Purgatório Sentimental;
E é o que nos faz fortes no futuro;
Porque todos nós somos sobreviventes de uma estada,
Mesmo que temporária,
Numa dessas florestas escuras da vida!

15.3.09

A História do Desejo

A Rainha sentou em seu trono,
Observou seus suditos,
Sorriu para seu Regente.

O Rei olhou a sua volta,
Encarou os guardas,
Desprezou o Clero e observou a mais bela escrava.

As escravas olhavam o príncipe,
Que olhava uma camponesa,
Que ironizava o vendedor de frutas.

Aquele era o Reino da cobiça,
Da luxúria,
Da vingança.

Poucas pessoas se concentravam em suas vidas,
Em sua realidade,
Em seu mundo.

Todos queriam sempre mais,
Sempre além,
Tudo.

A Rainha traía o Rei com o Regente;
O Rei suspirava pela escrava belíssima.

As escravas deliravam pelo Príncipe,
Mas ele rendia homenagem à uma inútil camponesa.

O Vendedor de Frutas desejava a camponesa,
Mas era pobre o suficiente para ser rejeitado.

As pessoas não se contentavam com o que tinham,
Pois tudo o que tinham era fácil,
Era tradiconal.

Buscavam o diferente,
O além-casa;
Queriam conhecer o horizonte que se apresentava nublado.

E belo dia...

O Rei morreu,
O que fez com que a rainha se casasse com o Regente.

O Príncipe irritou-se e pediu a camponesa em casamento.

Loucas de ciumes,
As escravas assassinaram o príncipe no dia de sua lua de mel.

O Regente,
Vendo que a Rainha já não tinha herdeiros,
Aplicou-lhe um golpe de estado.

Inconformada,
A Rainha tirou sua própria vida.

E,
Assim,
O Regente reinou único e sozinho;
Tendo sob seu poder,
Todas as escravas do Reino.

Esta é a História do Desejo,
Que vai de encontro a Fidelidade,
Ao companheirismo e,
Principalmente,
A cumplicidade.

13.3.09

Foi-se o Tempo

Foi-se o tempo...
Da Entrega Total;
Do Valor Inestimável;
Do Sabor Insoso;
Da Felicidade Parcelada;
Do Prazer Inigualável;
Da Rotina Intitulada;
Do Virgor Casual;
Do Amor Incondicional.

Foi-se o tempo...
Do Esforço Irreconhecido;
Da Batalha Perdida;
Do Tesão Esporádico;
Da Inquietação Diária;
Da Tristeza Imposta;
De Lutas Cansativas;
Da Cegueira Acomodada;
Da percepção zerada.

Foi-se o tempo,
Em que o 'seu querer',
Era o meu 'te dar'.

Foi-se o tempo,
Em que o seu Desprazer,
Era o meu 'não querer mais'.

Foi-se o tempo em que palavras soltas,
Sem qualquer ligação,
Me diziam algo.

Foi-se o tempo...

10.3.09

Caixinhas de Vida

E pus,
Ali,
Minha vida.

Vida alegre;
Sem rancores;
Sem medos ou amores mal remediados.

Em momento algum esperei que algum viesse,
Cuidar ou tomar para si a minha caixa;
A minha vida.

É algo sério,
Único...
Vitalício.

Não esperava que chegasse qualquer ser,
Empenhado em se fazer guardião;
Ninguém poderia guardar melhor minha vida.

E o tempo passou.

Não só dias;
Ou meses.
Passaram-se anos!

E veio,
Com o tempo,
O Guerreiro da Vida.

Entrou no Castelo de meus dias calmos,
Galopando seu cavalo de rédeas curtas;
Não parou enquanto não olhou-me e sorriu.

Não havia muito o que dizer,
Ele havia sido enviado por Deus,
Ou por qualquer outra divindade!

Tinha uma aura de energia branca,
Terna,
Protetora.

Não houveram palavras.

Ele parecia saber onde eu havia guardado os segredos de minha vida;
Onde estavam as minhas dores;
Os meus sonhos.

E não roubou de mim!
Pediu,
Com beijos de carinho e amor.

Não titubeei;
Apenas assiti que ele fosse;
Chegando ao horizonte.

Levou consigo tudo o que eu tinha;
Todos os meus ideais e sonhos;
Todos os meus segredos e medos.

E hoje apenas observo da torre mais alta do Castelo de meus dias tensos...
Aguardo o momento de vê-lo ao longe;
Trazendo de volta tudo o que levou...

Mas,
O Guerreiro da Vida,
Apenas vem para levar nossos sonhos;
E,
Se não soubermos controlá-lo e dominá-lo...
Toda nossa vida passa a ser um rabisco disforme,
Em meio a quantidade enorme de obras de arte espalhadas pelo terreno volumoso da vida.

Amadeirado

Parece perseguição!

Esse cheiro amadeirado, cismando em estar em meu olfato.

E com ele, as lembranças...

Lembranças de momentos carnais, prazerosos e enebriantes!

Sinto como se acontecesse agora:

O membro rígido penetrando meu ser;
Tornando-se parte de mim;
A voz engolfada de prazer;
Os dedos trêmulos dançando em meu corpo;
O calor do teu corpo febril fazendo-me suar;
A sua fúria de tesão incontrolável...

E no fim,

Apenas o cheiro amadeirado paira pelo ar denso...

9.3.09

Prazer Absoluto

Ela foi atirada contra a parede, com muita força.
Seus olhos reviraram, buscando sair da alienação provocada pela pancada.
O agressor a olhava, com olhos furiosos.
A cólera de seus olhos a deixava piamente muda, de pavor.
O próximo toque, veio em forma de absoluto desejo contido.
Ele não dizia nada, apenas arfava, enquanto buscava acariciar cada parte daquele corpo frágil, jogado na parede fria.
Ela sentiu quando seu sexo foi penetrado, como um templo profanado, de forma violenta.
Os dois olharam-se.
Ela sentia um desejo absoluto pelo homem que a molestava.
Ele desejava a santidade daquela criatura de lábios de mel; os beijava.
Eram beijos cada vez mais desesperados; mais alucinados.
E suas bocas desceram aos seus sexos; e seus sexos excitariam-se mais, se fosse possível.
O prazer tomou conta dela, inundando-a como um mar de absoluta certeza do orgasmo perfeito.
Ele a abraçou, sem carinho, apenas por comodidade; e entrou no mesmo transe de prazer.
Não houve amor.
Não houve mais nada.
Não se falaram, pois dizer qualquer coisa, acabaria com a certeza do momento.
Prazer Absoluto.

Escritos e Escritores

Qual é o seu escritor favorito?
E porque ele é seu favorito?
Machado de Assis, Jorge Amado, Guimarães Rosa, Clarice Lispector, Pedro Bandeira, Monteiro Lobato... E por aí segue a lista extensa de grandes autores da lingua brasileira... Talentosos, inteligentes, astutos, criativos; mas, acima de tudo, seres humanos.
Um bom escritor consegue olhar para si, ver o que falta em sua obra e o que seus leitores gostariam de ler ali, de ver representado naqueles personagens tão corajosos e aventureiros; a graça de todo livro está aí: no desejo que temos de nos aventurarmos, assim como aqueles perfeitos personagens fictícios, lúdicos e ícones de força e coragem.
Claro que, para toda regra, há uma exceção e aí entram os escritores que pouco se preocupam com o que os leitores querem, mas não fazem isso por se acharem superiores a nós, apenas porque querem expressar que suas imaginações lhes permitiram - aceitar que devem escrever o que seus leitores querem é quase abdicar de seu dom em prol de uma iniciativa comercial barata (e, sim, alguns escritores - a maioria - pefere ter um livro que não se torne um best seller, mas que lhe alivie o peso da criação de sua alma)...
Aos que pensam nos leitores, restam as pesquisas e a prática absurda da escrita popular... Deixar tudo bem detalhado, mastigado, frouxo, para que, cada um imagine o que quiser, dentro dos parãmetros estipulados em seus textos...
Particularmente, costumo esmiuçar bastante tudo o que escrevo, detalhando fatos e cenas, personagens e situações, falas e pensamentos, justamente para fazer com que o leitor esteja pensando dentro do que foi proposto, do que eu queria passar a ele... E acredito que deixar a leitura 'aberta' (para que cada um pense o que quiser) seja tão bom quanto; toda a forma de leitura desperta a curiosidade e a criatividade nas pessoas.
Se você é leitor(a) assíduo(a), vai perceber que quando está com um livro de Sidney Sheldon em mãos, sente-se entrar no mundo dele... É como se ele abrisse uma porta fantástica e mágica e te puxasse para dentro daquele mundo tão parecido com o real, tão fabulosamente projetado, que não há espaço para as suas criações - ele completa todo o vácuo que poderia haver em qualquer instância. Claro que, se você lê um autor não tão detalhista, que te deixa perder o fio da meada em quase todos os capítulos e faz o personagem envelhecer, sem nem ao menos dizer que o tempo está passando, a sua mente terá tanto que trabalhar, tanto que criar, que você acaba encarando aquela leitura como "maçante" e desiste dela no meio.
Detalhar, esmiuçar, contar com riqueza de fatos e ações é um ponto positivo para qualquer escritor; quanto mais rico o vocabulário, mais visado e desejado será seu texto, livro, crônica ou poema.
Nós gostamos de pessoas que expressam inteligência em palavras belas e bem colocadas; se é diferente, logo, não é tão bom - parece que o escritor sabe menos que nós.
Todavia, toda expressão de cultura e educação é bem-vinda e muito bem aceita.
Precisamos cada vez encarar que, sem divisão de conhecimento, não há conhecimento algum.

7.3.09

Beijo Apaixonado

As linhas sinuosas daquele corpo o faziam delirar...
Ver aqueles belos olhos, encarando-o com prazer.
Aquele toque delicado, centrado, macio, deslizando suavemente pelo seu corpo...
Cada segundo daquele momento era infinitamente terno.
Doce, era o sabor de cada beijo;
Salgado, era o suor que teimava em aflorar de cada um de nossos poros;
Agridoce, era a sensação de que aquele momento acabaria brevemente.
Senti seu corpo contrair-se de prazer quando chegou o momento do desejo absoluto;
A seiva suave, porém ininterrupta, criava ali seu habitat;
A expressão de seu lindo rosto era ainda mais tentadora.
Suas mãos apertaram-me, expressando todo o desejo;
Suas pernas retraíram-se, num ápice de prazer descontrolado;
Nossos suores se encontraram, misturando-se numa química onde o tesão reinava.
Ainda éramos um;
Deixar de tocar-te seria bizarramente impossível...
Cada centímetro molhado de seu corpo clamava por mim.
Um beijo.
O fim daquele momento magicamente perfeito foi com um beijo.
Delicado.
Ardente.
Quente.
Molhado.
E, mais que isso...
Apaixonado.

29.1.09

Não Bata No Vidro!



Uma expressão conhecidíssima a todos os que já foram a lojas onde são comercializados os tão belos peixes ornamentais... Diversas cores, nacionalidades, tamanhos... Apenas isso, "Não bata no vidro"; é só isso o que eles pedem, mas, é tão difícil parar na frente de um aquário e ver que os peixes dali não nos dão atenção... Bater no vidro parece instigante!
É deliciosa a vontade, o prazer, o desejo de chamar a atenção daqueles animais tão pequenos, tão baratos, que não nos percebem a presença!
Podemos até considerar que a idéia de bater no vidro seja apenas um desejo reprimido – ou explícito – de mostrar que sermos desprezados – e por um peixe! Um peixe! – é tão desconfortável e inaceitável...
O peixe ornamental nem ao menos é racional, nem ao menos pode nos julgar! Não, não é questão de racionalizar os pensamentos e sentidos, ou não, é apenas uma questão nossa: precisamos fazer com que o animal nos olhe, que faça graça para quem passa, assim como um cãozinho que quer ser adotado!
Mas, comparar um peixe a um cão, é um pouco demais, mesmo os dois pertencendo a mesma classe: são animais, irracionais.
Até agora, se você não parou de ler isso, é porque está certo(a) de que irá achar algum sentido para tudo o que escrevi; e isso é bom, já que entendo, assim, que você tem interesses – ou loucuras – que se adaptam aos meus – às minhas!
Somos sempre os que batem no vidro, por mais que não queiramos!
Chamamos a atenção dos outros, porque viver sem ser notado, é como não viver.
Queremos que as pessoas nos olhem; queremos que elas vejam nossa sobrancelha feita, nossa unha pintada, nosso novo corte de cabelo; não chamar a atenção é sentir-se encolher...
Até quando damos o desprezo a alguém, estamos deixando a pessoa com tanta vontade de bater no vidro, que estamos nos responsabilizando por tudo o que pode vir a partir dali.
Sentir-se rejeitado é como ser expulso de uma realidade; é como sentir a areia deslizar por entre os dedos, sem conseguir controlar; e não ter o controle é desesperador.
Queremos manter sempre o controle, sempre o foco; e isso se compara, muito, com o fato de "batermos no vidro"...
Já sentiu um nó na garganta, de raiva ou medo, por sentir a frieza de alguém? Assim como aquele peixinho ornamental sem graça que lhe dá as costas, quando você está tão empolgado, sorrindo para ele? Aquele nó de amargura, de abandono?
Infelizmente, em algum momento de nossas vidas, somos ignorados ou abandonados por alguém; seja por uma pessoa, seja por um peixe. E neste momento é que pensamos mais nas questões do abandono, na falta, no vácuo.
Porém, assim como para nós é péssimo nos abstermos da companhia de alguém, desprezando, pode ter a certeza de que para a pessoa desprezada o gosto de incomodar é tão bom – ou tão ruim – quanto o que você sente.
Lembre-se: Não bata no vidro, mas, porque mesmo não devo bater? Por que incomoda os peixes, o som para eles é altíssimo...
O peixe ignora você; você bate no vidro; o peixe se incomoda com o som; e mesmo assim não te olha... Transformando isso em palavras simples:
Alguém ignora você; você usa de toda a sua capacidade para incomodar a pessoa; o ignorante incomoda-se com suas tentativas de irritar-lhe, mas, ainda assim, não lhe dá atenção...
Conclui-se que, ignorar ou ser ignorado é péssimo: não há lado bom para nenhuma das partes.
Bater no vidro é questão de consciência; cada um de nós sabe até onde podemos ir para chamarmos a atenção de alguém; será realmente necessário "bater no vidro" para isso?
E, não esqueça: Não Bata no Vidro!

22.1.09

Mudanças!

Por que sempre deixamos que as mudanças apareçam como coisas bizarras e sem sentido?
Não sou Psicólogo, nem Antropólogo, tampouco tenho um curso superior completo em áreas afins; tenho apenas a vontade, o
anseio, o enorme desejo de expôr, de falar e de mostrar às pessoas o que vejo, o que sinto.
A pergunta que fiz, no início deste post, remete-se à mudanças na nossa rotina, no nosso dia-a-dia, no que já nos
acostumamos a fazer... E mudanças em tal grau, fazem com que rejeitemos idéias vindas de fora; mudanças que nos propiciam
bons momentos, mas que não aceitamos, por estarmos acomodados ao que vivemos.
Se estamos trabalhando, e nossa função é apenas vender, receber comissão e ser feliz, quando há uma mudança radical, onde
nosso chefe diz que teremos além de vender, arrumar o estoque e descarregar caminhões, não assimilamos de forma positiva,
principalmente porque nos agregará mais funções, mais responsabilidades, mais trabalho...
Mudanças são como pessoas que invadem nossas casas, sentam em nosso sofá, comem de nossa comida e assistem a Tv conosco;
temos a oportunidade e o direito de escolher a melhor opção: podemos entender que este mesmo invasor é um forasteiro que
veio apenas para nos destruir e acabar com o conforto que temos; ou, podemos acreditar que esta pessoa que chegou, mesmo
sendo estranha, está pronta para nos proporcionar bons momentos e fazer com que tudo ali seja melhor, mais confortável!
Infelizmente, é difícil pensar que mudanças vêm para o bem - exceto quando ganhamos na MegaSena e a nossa conta bancária
nos faz esquecer toda e qualquer mudança negativa... Mas, mesmo o dinheiro mudando tanto o ponto de vista em relação à
mudança, é triste assistir as pessoas que acabam definhando (seja em seu âmbito profissional, pessoal ou sentimental) por
não aceitarem que as coisas podem ser diferentes a cada dia...
Hoje, você pode estar com o ser que você acredita ser apaixonado; amanhã isso pode não existir... Pode ficar o amor, a
paixão, ou somente a comodidade e a frustração do fim; Por que? Para que?
É óbvio que nao existe quem se adapte à mudanças na velocidade da luz, mas é claro que algumas pessoas toleram a idéia de
mudar com mais rapidez e coragem do que outras - e as outras são as que têm medo de não continuar tão bom (ou tão
ruim...).
Acredite, a melhor forma de manter-se fiel à qualquer boa oportunidade, seja ela pessoal, sentimental ou profissional, é
deixando acontecer da forma que estiver sendo... Não adaptar-se é deixar claro sua inflexibilidade, sua imparcialidade,
seu orgulho por algo já construído - e que talvez nem esteja tão bom assim.
Quando se trata de um romance com mudanças radicais, lembre-se, todos nós somos únicos, sim, mas nunca seremos
insubstituíveis! É triste, é doloroso, mas é verdade... E pensar assim, ajuda em futuros traumas que, certamente, estão
por vir! Mesmo que você tenha sido superimportante na vida do deterinado ser, uma lembrança não alimenta nada mais que uma
amarga ilusão!
E, caso seja profissional... É bom saber que, se você não é o Patrão, não pode se incomodar muito com mudanças propostas
pela empresa... Também é bom pensar que você não é insubstituível, mesmo que seja muito bom! E há quilômetros de filas nas
portas de agências de emprego... Muita gente querendo algupem que não se adapte as mudanças e lhes dê a chance que você já
tem, é só preservar!
Mudar... Mudando... Mudança... Transformar...
Neste tipo de situação, existem dois grupos:
Os que se adaptam as mudanças e os que não se adptam a elas.
Adaptar-se é mostar disponibilidade e maturidade; fazer o contrário é assinar uma atestado de ignorância.

4.1.09

Musa

Não era mais uma mulher;
Não tinha os seios belos,
Nem a boca carnuda.

Não esbanjava beleza,
Não sorria para todos...
Ela não era perfeita.

Os olhos dela expressavam poder,
Seus atos eram de uma imperatriz,
Sua voz designava confiança.

Era deliciosa sua forma de andar,
Seu rebolar era estreito e sensual,
Seu corpo, mesmo nada modelado, complementava qualquer ambiente.

Seu contato comigo era mínimo,
Quase não me dirigia a paralvra,
Não me tocava em momento algum.

Eu próprio não necissitava de seu toque,
Suas palavras ou seus olhares...
Mas sua companhia era indispensável;
Necessitava dela.

Olhar aqueles olhos,
Me inspiravam.
Sentir a presença dela,
Me aguçava.
Estar em sua companhia,
Me excitava a criatividade...

Ela,
Então,
Se foi.

Minha Musa Inspiradora;
Meu pedaço de céu que Deus havia concebido;
Meu Elixir da Criatividade em forma humana...

Partiu,
Sem sequer deixar resquícios de para onde havia ido...

Em minha mesa,
Apenas um bilhete me encarava solitário:

"Estive aqui e te amei,
Tu amaste tanto a Arte que esqueceu do amor à Vida.
Vivi muito tempo ao seu lado; mas você nunca me viu.
Fui e sempre serei sua Musa, mas a Inspiração já não me cabe lhe dar"

E com uma lágrima solitária,
Despenquei na cadeira e amaldiçoei o dia em que ela havia partido;
Não era uma Musa;
Era meu Grande Amor...
Que não mais voltaria.