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29.6.08

Despedidas

Boa Noite!!!

Amigos Leitores...

Primeiro desculpem-me pela ausência de posts, mas a minha vontade de escrever foi quase que destruída pela preguiça de despencar-me até a casa de minha mãe - e escrever!

Hoje decidi entrar num assunto um tanto quanto estranho, chato, difícil... As Despedidas.

Já encontrei pessoas que sofrem demais por despedirem-se de pessoas que amavam e iam, mas não voltariam tão cedo; outras pessoas descontroladas com a idéia da morte de seus entes queridos, que há pouco estavam vivos, sorridentes e saudáveis; Porém, já tive o prazer de conhecer alguém que não liga para idéia de perder, ou despedir-se, de pessoas, amadas ou não... E isso me assusta.

Vivemos, hoje, num mundo violento demais, e, apesar de a ciência evoluir a cada ano, temos cada vez mais surpresas com as formas de morte que aparecem de quando em vez... E, justamente por estarmos numa realidade tão "sequelada", com armas de fogo e carros assassinos... Quem deveria nos defender, está nos atacando, cada vez mais intesamente...

E a violência de hoje em dia, nos leva ao tema inicial: A Despedida.

Podemos ver, todos os dias, meninos e meninas, que não aproveitaram a vida, que não tiveram a oportunidade de amar, de iludir-se, de viver, pelo menos, por alguns instantes, a intensidade de um calor de corpo ao lado... E por isso, a despedida a estas pessoas é tão mais dolorosa, ou dolorosa igual, mas é uma dor que nos consome e nos corrói, com intensa vontade de nos destruir, porque não devemos nos remoer pela despedida de pessoas que sentem-se livres, libertas... Porém, não podemos simplesmente acreditar que uma mãe, que apostou muito no futuro do filho, que acreditou que seu filho lhe daria netos e faria o Curso Superior, interessado em agradá-la e deixá-la feliz por suas conquistas... Essa mesma mãe, JAMAIS entenderá que seu filho morreu porque ele tinha que morrer e que ele está melhor lá do que aqui, vivo, feliz, sorridente...

As despedidas... Elas são difíceis, muito difíceis.

Entremos agora, no caminho de um casal adolescente, que vive o primeiro amor, ou um sentimento forte, que os prende e os deixa felizes quando estão na companhia um do outro...
De repente, tudo desaba... O sentimento de um deles acaba, o outro começa a sentir-se sozinho e abandonado... E quando nos sentimos sozinho numa relação, acreditamos que estamos sendo iludidos, e o primeiro passo para resolver a ilusão, é dar o troco... E o troco não é iludir, mas buscar conforto nas mãos amigas, ou mãos amantes... Mas mãos que entendam o que sentimos.
Talvez a primeira pessoa deste pequeno exemplo, pudesse explicar o motivo de seu sentimento ter acabado, mas acaba se enrolando, e perdendo a vontade de explicar, porque percebe que a outra pessoa está feliz novamente, saiu da lama e voltou a viver a vida independente...
Outra despedida... E essa talvez não seja dolorosa, mas é, pelo menos, difícil de aceitar.

Quando colocamos nosso melhor amigo num avião, sabendo que ele vai, e não vai voltar tão cedo... Que irá morar naquele estado, naquele país, tempo suficiente para esquecer de você, se você ainda não estiver cicatrizado em seu coração...
Choro, tristeza, enfim, vemos tudo pelo pior ângulo, porque, mesmo sem assumirmos isso, somos egoístas e não aceitamos perder as pessoas que amamos para o mundo... Sejam nossos filhos, sejam nossos amigos.

A verdade é que as despedidas são péssimas.

Morar com alguém por um ano, viver com esta pessoa coisas que nunca vivemos, descobrir novos horizontes e novas fantasias... E tudo se acabar... Simplesmente, descobrimos que nada mais será como foi... E esquecemos que, as pessoas mudam, evoluem... Não lembramos que somos seres passíveis de erros, e, sendo assim, temos que aceitar que as mudanças, mesmo que para nós sejam horríveis e dispensáveis, naquele momento, aquela pessoa, decidiu que aquela mudança, era necessária... E, se para você a mudança não foi legal, não faz diferença, é mais fácil achar alguém que aceite estas mudanças, do que fazer o ser humano (orgulhoso, cabeça-dura, impaciente) entender algo tão simples!

Mas, a vida ela não é só feita de coisas ruins e despedidas que nos fazem repensar nossos relacionamentos...

Somos a obra perfeita, pois conseguimos entender as coisas, ensinar as coisas, e até mesmo, a desfazer o que foi feito...

Uma despedida, muitas vezes é acompanhada de brigas, de desentendimentos... Somos tão minúsculos em nossa grandeza, que não vale a pena vivermos com raiva ou com aversão à algo ou alguém... Vale mais sermos pessoas livres de sentimentos que nos destroem e nos transformam em coisas negras e sem bons sentimentos... Seremos leves, se formos bons.

Já parou para pensar na possibilidade de uma vida inteira sem mágoas, sem feridas? Não dá pra viver assim... Dividimos nosso espaço, damos liberdade ao homem, somos errados... Portanto, se fazemos com que as pessoas se aproximem, devemos ter a certeza de que mágoas acontecerão e feridas se abrirão... Não porque as pessoas são más e por isso farão maldades contigo, mas porque as pessoas são como você e sendo assim, tem sentimentos que se equiparam aos seus...

Podemos melhorar e progredir, para tanto devemos apenas crescer...

E crescer é mais do que ganhar alguns centímetros de altura...

Crescer é ser homem, honrado como tal e ter palavra para aceitar e reagir à injustiças.


É isso...

Por hoje é só, amigos leitores.

Abraços à todos!

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