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10.3.09

Caixinhas de Vida

E pus,
Ali,
Minha vida.

Vida alegre;
Sem rancores;
Sem medos ou amores mal remediados.

Em momento algum esperei que algum viesse,
Cuidar ou tomar para si a minha caixa;
A minha vida.

É algo sério,
Único...
Vitalício.

Não esperava que chegasse qualquer ser,
Empenhado em se fazer guardião;
Ninguém poderia guardar melhor minha vida.

E o tempo passou.

Não só dias;
Ou meses.
Passaram-se anos!

E veio,
Com o tempo,
O Guerreiro da Vida.

Entrou no Castelo de meus dias calmos,
Galopando seu cavalo de rédeas curtas;
Não parou enquanto não olhou-me e sorriu.

Não havia muito o que dizer,
Ele havia sido enviado por Deus,
Ou por qualquer outra divindade!

Tinha uma aura de energia branca,
Terna,
Protetora.

Não houveram palavras.

Ele parecia saber onde eu havia guardado os segredos de minha vida;
Onde estavam as minhas dores;
Os meus sonhos.

E não roubou de mim!
Pediu,
Com beijos de carinho e amor.

Não titubeei;
Apenas assiti que ele fosse;
Chegando ao horizonte.

Levou consigo tudo o que eu tinha;
Todos os meus ideais e sonhos;
Todos os meus segredos e medos.

E hoje apenas observo da torre mais alta do Castelo de meus dias tensos...
Aguardo o momento de vê-lo ao longe;
Trazendo de volta tudo o que levou...

Mas,
O Guerreiro da Vida,
Apenas vem para levar nossos sonhos;
E,
Se não soubermos controlá-lo e dominá-lo...
Toda nossa vida passa a ser um rabisco disforme,
Em meio a quantidade enorme de obras de arte espalhadas pelo terreno volumoso da vida.

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