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9.3.09

Prazer Absoluto

Ela foi atirada contra a parede, com muita força.
Seus olhos reviraram, buscando sair da alienação provocada pela pancada.
O agressor a olhava, com olhos furiosos.
A cólera de seus olhos a deixava piamente muda, de pavor.
O próximo toque, veio em forma de absoluto desejo contido.
Ele não dizia nada, apenas arfava, enquanto buscava acariciar cada parte daquele corpo frágil, jogado na parede fria.
Ela sentiu quando seu sexo foi penetrado, como um templo profanado, de forma violenta.
Os dois olharam-se.
Ela sentia um desejo absoluto pelo homem que a molestava.
Ele desejava a santidade daquela criatura de lábios de mel; os beijava.
Eram beijos cada vez mais desesperados; mais alucinados.
E suas bocas desceram aos seus sexos; e seus sexos excitariam-se mais, se fosse possível.
O prazer tomou conta dela, inundando-a como um mar de absoluta certeza do orgasmo perfeito.
Ele a abraçou, sem carinho, apenas por comodidade; e entrou no mesmo transe de prazer.
Não houve amor.
Não houve mais nada.
Não se falaram, pois dizer qualquer coisa, acabaria com a certeza do momento.
Prazer Absoluto.

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