Caça às Cores

E todas as cores parecem sumir...

A inexplicável, e inesquecível visão do arco-íris,

Deixa uma saudade que é quase uma mágoa.


É óbvio que você não obriga as cores a ficarem ali,

Mas, para você,

Elas jamais deveriam tomar vontade própria.


E é justamente do momento de glamour,

De estilo e de excentricidade que você sente falta;

Ou acha que sente.


Aquelas tão felizes e invejáveis cores alegres,

Simplesmente resolveram deixa-lo,

Pois contigo, não seriam tão vivas e cheias de história.


E enquanto estiveram ali,

Pareciam cores comuns, que se encontravam em qualquer lugar,

Em qualquer momento.


Você jamais teria dúvidas da lealdade das cores...

Elas eram cores dependentes.

Das que necessitavam de você para atingirem o seu melhor.


Mas... Para sua surpresa,

Tudo ficou cinza de repente...

Tudo ficou mais cinza.


Mais, porque, para você,

Era como se as cores jamais tivessem existido,

Elas faziam parte de todo ambiente, e de você, não sumiriam.


E o cinza é a ausência de cor mais assustadora,

Mais desvitalizada e cheia de fantasmas.

É quando seus pesadelos iniciam uma incessante batalha contra sua coragem.


Viver no cinza nunca esteve nos seus planos,

E não estaria no seu conformismo.

Inicia-se a Caça às Cores.


Não é fácil buscar algo, que não conhecemos;

Mais difícil ainda é buscar algo que conhecemos,

Mas que não demos o devido valor enquanto a possuimos.


E onde buscar vestígios de cores,

Na grande nuvem cinza que te rodeia?

Dentro de você.


Ali dentro é onde existem as lembranças mais felizes,

Os sonhos mais incríveis,

As vitórias mais desejadas.


É ali que sobrevivem diversos amigos,

Que sua infância é eterna,

Que as melhores paixões procuram estar sempre vivas.


E quando você vê,

Eis as cores de volta,

O lar do arco-íris perfeito e sincronizado.


Na verdade, as cores sempre estiveram ali,

Mas, em certos momentos precisamos encontrar dentro de nós mesmos,

O verdadeiro motivo de colorir a vida...


E você?

Colorindo?!